Apesar da tentativa dos sindicatos da Volkswagen de evitar a obrigatoriedade do Airbag e ABS entrasse já em 2014, o governo resolveu que as fabricantes de automóveis seguirão a resolução 311/2009-312/2009 e manteve a decisão da obrigatoriedade após uma reunião com representantes dos trabalhadores e do setor automobilístico em Brasília.

O adiamento foi avaliado pelo governo após um pedido dos sindicatos, alegando que haverá uma possível demissão de 4000 funcionários no setor devido a retirada de linha de vários veículos que não receberão os itens de segurança. Outro argumento feito foi o possível aumento do valor dos veículos.

Seguindo a resolução, o Contran vem aumentando gradualmente o percentual dos carros novos de devem ser fabricados com os itens de segurança, Airbag e ABS, desde 2010. Em 2013 o total já está em 60% e em 2014 será de 100%. Mas a ideia era aumentar para 80% em 2014 e 2015, para apenas em 2016 chegar a 100%.

Aumento no preço

Segundo especialistas, devido a inclusão dos itens de segurança, ano que vem haverá um aumento de 4% a 8% no valor dos veículos populares. Para conter esse aumento, o governo estuda reduzir o imposto de importação de autopeças sem similar nacional.

Cerca de 24000 de trabalhadores devem perder o emprego, segundo cálculos dos sindicalistas. Porém as demissões que podem ocorrer devido ao eventual encerramento das linhas de produção, deverão ser realocadas para outros setores a pedido do governo.

Houve também uma tentativa de abrir uma exceção para a Kombi e ao Uno Mille, para salvar os empregos. Mas também foi descartada porque há carros similares com airbag e ABS nas próprias fabricantes.