O ano de 2014 provavelmente será lembrado como o ano dos barn finds entre os colecionadores de clássicos. Foram nada menos que dez carros clássicos raros e esquecidos que voltaram a ver a luz do dia graças aos garimpeiros automotivos e por incrível que pareça eles não foram todos. Alguém encontrou uma coleção com nada menos que 60 clássicos esquecidos na França desde os anos 1960. E a história é tão incrível quanto os carros da coleção.

Roger Baillon era um grande empresário do setor de transporte na França e decidiu criar uma coleção de carros nos anos 50. O objetivo era criar um museu e em algum tempo conseguiu reunir em torno de 160 veículos. No entanto, nos anos 70, uma grave crise financeira obrigou Roger a vender 60 de seus carros. O restante ficou sem nenhum tipo de manutenção durante quatro décadas até ser recentemente descoberta.

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Talvez Baillon tivesse planos ambiciosos e pressa em realizá-los, e por isso fazia as coisas antes de pensar nas possibilidades reais de tudo dar certo. Com o dinheiro que ganhou com sua empresa ele comprou cerca de 200 carros entre 1953 e 1966 todos eles especiais de alguma forma. São carros dos anos 1930, 40 e 50 boa parte deles com carrocerias fabricadas artesanalmente por companhias francesas famosas como Chapron, Saoutchick e Million-Guiet que dividem espaço com representantes mais contemporâneos, que foram comprados novos.

A coleção de Baillon infelizmente sofreu muito com o tempo e hoje apenas 60 carros poderão ser restaurados, enquanto os demais viraram ferro velho. Do acervo, pelo menos dois carros valem milhões de euros. O mais caro é uma rara Ferrari 250 GT SWB Califórnia Spider de 1961, que pertenceu aos atores Gérard Blain e Alain Delon. Estima-se entre € 9,5 mi e € 12 mi seu valor em leilão.

Outro que vale muito dinheiro é um Maserati A6G Gran Sport Frua de 1956, que está calculado entre € 800 mil e € 1,2 milhão. Os demais já não estão em condições muito boas para valer muito dinheiro de forma individual, mas a estimativa é de possam valer juntos entre € 12 mi e € 15 mi.

Mattieu Lamoure diz que os carros não serão restaurados antes de serem levados a Paris e sim eles serão “expostos como uma gigantesca obra de arte, como sonhos não realizados trazidos de volta à vida”. Novikoff completa, dizendo que “nunca, em nenhum lugar do mundo, um tesouro deste tamanho será encontrado”. O leilão acontecerá no dia 6 de fevereiro.