O sonho de um visionário engenheiro, idealizador do Pontiac GTO, primeiro muscle car da história, no ano de 1964, John Zachary DeLorean, era ter sua própria fábrica de automóveis. Ele foi um alto executivo da General Motors na década de 60 e início da década de 70, quando saiu para criar a fábrica DeLorean e seguir seu sonho de construir um carro de aço inoxidável.
A ideia desse projeto foi apresentado a própria GM tempos antes de sua saída, porém foi rejeitada pelos executivos da empresa. Alguns anos depois, ele mesmo o começou o projeto junto com Giorgetto Giugiaro, mas faltava ainda o financiamento. Sem um suporte financeiro, John foi aproveitando a sua reputação e conseguiu custear o projeto com a ajuda do governo britânico, Wall Street, revendedores e Johnny Carson.
A fábrica foi erguida na Irlanda do Norte e o projeto foi iniciado usando o chassis em Y de fibra de vidro e resina, Elastic Reservoir Molding (ERM). O DeLorean DMC-12 usava motor V6 Peugeot-Renault traseito de 145cv, na frente, iam radiador e tanque de gasolina. Feito com aço inoxidável na carroceria que, apesar de custar 8 vezes mais caros que o aço comum, foram feitos para durarem 25 anos pelo menos, e as portas asa-de-gaivota deram ao modelo personalidade e segurança.
A posição ao volante é bem esportiva e as persianas traseiras não atrapalham a visão. Não se sente falta de potência do motor, apenas as marchas que são longas demais. A estabilidade é boa, o carro anda bem colado no chão e o forte nível de ruído no teto e na traseira é acentuado pelo peso da estrutura de aço e das portas pesadas.
O DMC-12, anteriormente conhecido como DeLorean Sport Car, lançado em 1981, era considerado um carro caro, lento, com acabamento falho e menos visionário que a expectativa gerada. As vendas caíram já no inicio da produção e alguns anos depois a fabrica foi fechada pelo governo britânico. Mas quando tudo caminhava para o fracasso, o DeLorean DMC-12 virou estrela de um filme ícone dos anos 80 e cultuado até hoje por milhões de fãs. Esse filme era De Volta para o Futuro, e fez tanto sucesso que levou o veículo a status de ícone cultural e simbolo da década de 80, mesmo depois da fábrica ter sido fechada.
Em 2005 uma empresa texana comprou a fábrica e voltou a produzir o cupê, que até hoje é cultuado pelos que viveram os anos 80 e até os mais jovens.
