Ferrari recupera a sua identidade com a Testarossa

No fim da década de 70 e início da década de 80, a Ferrari estava perdendo a identidade como marca de superesportivos, já que seus carros, o 208 GTB, o Mondial e a Ferrari BB 512i, um esportivo com motor V8 de apenas 155HP, um sedã de quatro lugares e um superesportivo antigo, respectivamente, deixavam a marca sem uma identidade por serem projetos antigos ou fora do conceito superesportivo. Então a Ferrari resolveu desenvolver a Ferrari Testarossa para restabelecer a imagem da fábrica.

Foi assim que, em 1981, a Ferrari propôs como meta restabelecer a sua imagem no conceito superesportivo, um novo carro. Um modelo que deveria ser um verdadeiro superesportivo. Para isso foi usado a concepção mecânica do Berlinetta Boxer, com 12 cilindros opostos, motor central-traseiro, tração traseira e corrigir os problemas que haviam no Ferrari BB 512i, como aquecimento da cabine e falta de lugar para bagagem.

Foram desenvolvidos vários protótipos com o novo motor Colombo ou F113A, que também equipou as Ferraris BB 512i. Estes protótipos foram chamados de BBN (Berlinetta Boxer New) pelos engenheiros da Pininfarina, estúdio de design automotivo. Seu design era bastante revolucionário para a época, com grandes entradas de ar com aletas para refrigerar os radiadores, que começavam nas portas e terminavam no paralamas. As lanternas foram uma revolução, eram quadradas e com uma grade para camuflá-las, o oposto dos carros da marca, que sempre eram redondas até então. Seu interior era extremamente luxuoso para os padrões da marca, com ar-condicionado, bancos com regulagem e em couro, painel ergonômico com muitos instrumentos. Apenas não havia o som, nem como opcional, para o motorista sentir a emoção da vibração do motor e o som característico de uma Ferrari.

Ferrari TestarossaO símbolo dos anos 80

Seu lançamento foi em 1984, no autódromo de Ímola, e sua recepção pelos entusiastas da marca foi excelente. O que o tornou um mito dos anos 1980. Era um carro caro e, com a cultura Yuppie e sua busca por status, ter uma Ferrari Testarossa era mostrar que tinha conquistado o topo do status social, que era onde todos queriam estar. A Ferrari Testarossa conseguiu algo que poucos carros conseguiram, tornou-se símbolo de uma década e de uma geração.

Teve mais duas reestilizações que foram chamadas de 512 TR e F512 M para melhorar o centro de gravidade e a potência do modelo. Seu modelo foi descontinuado em 1996 quando foi substituída pela Ferrari 550 Maranello coupé.

O nome

O nome utilizado pela Ferrari Testarossa significa cabeçote vermelho em italiano, que no motor do modelo era pintado de vermelho. Mas também era uma dupla concordância com “Mulher de cabelo vermelho”, usada de forma intencional pela Ferrari como era de costume. A Ferrari usa regularmente termos que se referem ao corpo do sexo feminino para descrever o estilo do modelo do veículo.

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