Anunciado em 1965 e lançado apenas 1967, o Ford Galaxie é um automóvel que fabricado pela Ford entre 1967 e 1983 no Brasil, e foram fabricadas 77.850 unidades. O modelo era um sedã extremamente luxuoso para a época, vinha com ar-condicionado e direção hidráulica, isso na década de 60, e logo se tornou o sonho de consumo da alta sociedade brasileira.

O modelo foi baseado no sedã Galaxie 500 americano, vinha com o motor Y-Block 272 v8 4.5 litros com 164cv, pesava 1780 quilos e media 5,33 metros de comprimento. O Motor 272 levava o Galaxie a atingir uma velocidade final de 150 km/h e ia de 0 à 100 km/h em 13 segundos. Não era considerado um carro rápido, mas tinha um motor extremamente resistente e com um torque incrível, conseguindo andar em subidas na 3ª marcha sem nenhuma dificuldade. Sendo que o cambio era de apenas 3 marchas. Em 1968 recebeu uma atualização do motor, 292 V8 4.8 litros com 190cv e chegava a 160 km/h.

O Galaxie foi o primeiro carro nacional a ter cambio automático com a versão LTD. Ele também foi responsável por popularizar vários itens no país, como o ar-condicionado e a próprio cambio automático.   Houva também versões mais simples, mesmo assim muito a frente dos concorrentes no quesito conforto, como a Standard, que não possuía direção hidráulica, relógio, rádio, calotas e pneu com faixa branca. Mas o segmento ficou movimentado com o lançamento do Chrysler Dart e GM Opala Gran Luxo, o que obrigou a Ford a lança um Galaxie ainda mais luxuoso, o famoso LTD Landau. Apresentado em 1971, ele oferecia teto de vinil, vigia traseiro menor, aplicações em Jacarandá no painel e nas portas, forrações finas no interior e um adorno em formato de “S” para caracterizar o modelo. Era de longe o carro nacional mais luxoso e, até hoje, considerado o carro mais luxuoso do Brasil pelos apaixonados por carros antigos.

Em 1971 o modelo passou por uma reestilização, onde foi redesenhado as lanternas traseiras, a grade frontal, novas calotas e maçanetas. Em 1973 ganhou novo capô, nova traseira, calotas, frisos e novas opções de cores. Mas foi em 1976 que ele recebeu a maior modificação, os faróis e lanternas traseiras passaram a ser horizontais, as lanternas dianteiras passaram a ser maiores, mais envolventes e em posição vertical, ganhando lâmpadas âmbar, e sempre mantendo suas lentes na cor branca e a dupla função de pisca e luz de estacionamento na mesma lâmpada em todos os anos do modelo.  O Galaxie 500 tinha a grade dianteira diferenciada das outras versões, com filetes horizontais. Já o LTD e o Landau tinham a grade dianteira com filetes verticais, porém diferenciado do Galaxie 500. O vidro traseiro permanecia, como sempre, em tamanho reduzido apenas na versão topo de linha Landau, que era vendido apenas na cor cinza prata, com teto de vinil da mesma cor. O interior passou a ter tecidos mais finos, como o veludo inglês e o Jacquard inglês no Landau, e também passou a ter carpete de altíssima qualidade. Também recebeu um novo motor 302 5.0 Litros com 199cv, o que dava 165 km/h de velocidade final.

Na década de 80 só eram vendidos as versões LTD e Landau, e passou a ter a opção de motores a álcool, por causa da crise no petróleo, que vinha com um enorme tanque de 107 litros. O porta malas passou a ter abertura interna, ganhou novas pinças de freio e um novo desenho nas lanternas traseiras. Mas em 1982 ele foi retirado de linha, sendo substituído pelo Del Rey, que não tinham nem a metade do luxo oferecido pelo Galaxie. Com certeza o Galaxie um carro que marcará para sempre a história automobilística brasileira.