Carro não é mais investimento, certo? Esse dito não se aplica a certos clássicos. O HAGI (Historic Automobile Group Internacional) avalia as raridades e exibe suas cotações no Financial Times junto com arte e artigos raros.

Nos últimos anos, o “antigomobilismo” tem se tornado uma verdadeira febre entre os brasileiros. A maior evidência disso é o aparecimento de inúmeros clubes, revendas, oficinas de restauração e publicações técnicas especializadas no assunto. Clássicos já consagrados como Rolls Royce, Dusemberg, Isotta Fraschini, Bentley, Jaguar, MG, Bugatti, Mercedes e outras raridades continuam sendo comercializados por verdadeiras fortunas.
No entanto, pode-se notar que muitos modelos, antes abandonados ou vendidos a “preços de banana”, atualmente atingem cotações de carro zero quilômetro. Ainda mais, se estiveram em bom estado de conservação. Não acredita? Pois então, consulte o valor de mercado de qualquer modelo da linha Dodge nacional que você vai cair de costas. Camaros e Mustangs dos anos 60 e 70 podem passar de R$ 100 mil.

Outros veículos nacionais com mais de 35 anos, como Sinca, Esplanada, DKW, Aero Willys, Interlagos, JK e Uirapuru são “disputados a tapa”. E quanto mais raro o modelo, maior o preço. Sabe quanto vale um Fusca com teto solar original e fábrica, uma limusine Itamaraty, um Karmann Ghia conversível, ou mesmo, um Democrata? Muito mais do que você pensa.

Os nacionais também não escapam. Sabem qual o preço de venda de um Monza ou Kadett (versões esportivas ou topo de linha), em excelente estado de conservação? Pode ter certeza que é maior do que você imagina.

Os recordes impressionam. Em outubro, uma Ferrari 250 GTO 1963 foi vendida por US$ 52 milhões, bem mais que o recorde anterior de US$ 35 milhões, de um modelo semelhante, em 2012.

Ainda vale investir?
Bem, os grandes colecionadores costumam manter estrutura própria de restauração e manutenção. Eventualmente fazem uso de serviço terceirizado. A grande maioria dos pequenos colecionadores, no entanto, possui no máximo três carros, que foram restaurados e sofrem manutenção em oficinas independentes.

Muitos mecânicos descartam a entrada desse tipo de veículo na sua carteira de clientes. E as alegações são sempre as mesmas: falta de peças de reposição, excessivo tempo de permanência dentro da oficina, falta de informações técnicas e de investimento por parte do proprietário.

Quando o seu modelo é uma raridade das mais procuradas, os lucros podem ser rápidos. O empresário Jon Hunt vendeu sua Ferrari 250 GTO por 20,2 milhões de libras, R$ 72 milhões em valores convertidos. Dono da GTO há quatro anos, ele lucrou 4,5 milhões de libras na operação, cerca de R$ 16 milhões.

Vale mais do que ações?
O índice Hagi Top composto por uma seleção de 50 automóveis clássicos representativos valorizou 31,47% no primeiro semestre de 2013, ante 14,1% dos ativos do índice S&P 1200 global composto pelas ações de 1.200 empresas qualificadas.

São muito caros?
Ao contrário de empresas, divididas em ações, esses carros não saem por menos de R$ 250 mil lá fora. Então, é necessário investir pesado. Em geral, os mais raros lideram as cotações. Entre os Mercedes, os mais valorizados são os 300 SL Asa de Gaivota (13,7%) e o Roadster (15,7%). Como as restaurações estão cada vez mais caras, somente medalhões merecem esses altos investimentos.

Quais são os novos achados?
Deixando de lado os clássicos da HAGI, modelos recentes que sejam cobiçados por entusiastas, como o VW Golf GTI de primeira geração, estão encarecendo lá fora. Modelos americanos dos anos 1930 e 40 batem recordes, em especial modelos de marcas como Duesenberg, Packard, Cord e grande elenco.

E entre os brasileiros?
Quem busca por esportivos das antigas tem levado susto. Dodge Charger e Ford Maverick GT custam não raro quatro vezes mais do que há cinco anos. Sem falar nas primeiras fornadas de modelos como o VW Passat TS, negociado acima de R$ 25 mil. Quem sabe as Kombis nacionais mais raras atinjam a celebridade dos antigos modelo Samba? Uma Kombi Samba 1963 foi vendida nos EUA por US$ 217 mil em 2011, mais de R$ 500 mil.

E você? Vai investir nos clássicos? Bom, investindo ou não, quando pensar em comprar pneus ou rodas esportivas para o seu possante, o lugar é aqui na SR Pneus, acesse www.srpneus.com.br