A Pirelli apresentou a prévia do GP da Coreia de Fórmula 1, do ponto de vista dos pneus. Semelhante ao GP de Cingapura, os P Zero branco e P Zero vermelho, compostos médios e super-macios respectivamente, serão usados no GP, mesmo os circuitos tendo características muito diferentes.

O circuíto de Yoengam contém um pouco de tudo: de curvas rápidas a curvas mais lentas, com secções muito técnicas. Tendo feito a sua estreia de grandes prêmios em 2010, a pista de 5,615 quilômetros é corrida contra o sentido do relógio, o que não é um problema para os pneus, mas é exige um esforço extra para os músculos do pescoço dos pilotos.

O circuíto também é raramente utilizado e por isso haverá uma grande evolução nos desempenhos durante o fim de semana. A combinação do médio e super-macio será usada pela quarta vez este ano. Ela foi desenhada para maximizar a velocidade na qualificação e garante, de acordo com a Pirelli, um nível alto de durabilidade para a corrida, o que oferece muita oportunidade para estratégia.

“Essa escolha é uma mudança da última hora, que trouxemos os pneus macios e super-macios, pois complementa melhor as características dos compostos de 2013. Esperamos que haja uma diferença significativa de tempo de volta entre os dois compostos que selecionamos, como foi o caso de Cingapura, e isso poderá ajudar as equipes a desenvolverem algumas estratégias interessantes”, começou por referir Paul Hembery, diretor esportivo da Pirelli.

“A Coreia é uma mistura interessante: temos algumas curvas rápidas e também algumas mais lentas, mas na verdade tem a mais alta exigência em termos de energia lateral de todos os circuitos em que o super-macio é usado, por isso a gestão dos pneus será importante mais uma vez. Em particular, será especialmente importante o trabalho do treino livre, em que se avaliam os níveis de desgaste e degradação de cada composto com diferentes cargas de combustível, que poderá ser a chave para a corrida. Vimos a diferença que a estratégia certa pode fazer em Cingapura, e embora na Coreia haja uma probabilidade mais baixa de intervenção do carro de segurança, isto é algo a que as equipas terão de dar muita atenção na preparação para o grande prémio, pois o campeonato está entrando em sua fase final”, acrescentou.

Jean Alesi, antigo piloto e atual embaixador da Pirelli, também falou da próxima prova: “A Coreia não é uma pista que eu tenha corrido, mas ouvi muitas coisas positivas sobre ela dos pilotos. Isto é encorajador, pois quando esta geração moderna de circuitos surgiu eles não eram universalmente populares, mas agora parece que há uma filosofia diferente que assegura que todas as pistas são também boas pistas para os pilotos”.

“O que é interessante sobre esta corrida é que a nomeação dos pneus será a mesma que em Cingapura, que foi uma corrida muito boa. Conseguimos ver uma diferença grande de tempos de volta entre os compostos e alguns pilotos foram capazes de usar isto para sua vantagem para desenvolverem uma boa estratégia. A outra coisa que vimos foi a consistência dos pneus super-macios: ainda que sejam os pneus mais macios da gama, conseguiram completar jornadas longas sem nenhuma quebra notável de performance, por isso imagino que vejamos o mesmo na Coreia”, disse ainda Alesi.

As características mais importantes da pista, do ponto de vista dos pneus, são as curvas de alta velocidade e as áreas de freadas intensas. Que faz o carro receber uma força equivalente a 5,2G e como resultado os pneus dianteiros recebem forças equivalentes a 900 quilos. Além das freadas, há as forças laterais exercidas nos pneus nas curvas 7 e 8, quando há a mudança de direção a 270 km/h. Essas forças colocam muita energia lateral sobre os pneus, chegando à 4,4G. Essas rápidas mudanças exigem rigidez máxima da estrutura, o que assegura precisão da condução e ajuda o piloto a manter a sua linha ideal.

Outra área crucial é a sequência mais lenta de curvas, como as curvas 15 à 17, que exigem um alto grau de aderência na parte externa e deve ser aproveitado melhor com os compostos super-macios. Notas técnicas dos pneus A configuração aerodinâmica usada na Coreia do Sul pelas equipes é muito similar ao do Japão, com níveis médios e altos de força descendente. Mas as configurações de tração são menores e o pneu dianteiro direito é o mais castigado na pista coreana.

A granulação pode ser um problema na prova sul-coreana, particularmente nas condições de pouca aderência no início do fim de semana. A granulação, causada quando os automóveis deslizam para os lados, criando uma superfície irregular de desgaste na banda de rodagem, o que afeta a performance.

Em 2012 os pilotos usaram uma estratégia de duas paradas, e apenas três tiveram estratégias diferentes. Os 10 melhores qualificados começaram a corrida com os pneus super-macios, com Sebatian Vettel vencendo o GP, depois de ter largado em segundo do grid. Jean-Eric Vergne foi o piloto que terminou mais bem classificado a começar com o pneu macio, tendo largando da 16ª posição e terminado em oitavo.

Fonte: Luso Motores

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