A Pirelli fez seu retorno ao Campeonato Mundial de Rally, após um ano de ausência, durante o Rally de Monte Carlo, neste fim de semana, disputando a ponta da competitiva categoria WRC2.

A empresa italiana foi a fornecedora única do Campeonato Mundial de Rally (WRC na sigla em inglês) entre 2008 e 2010 e, em seguida, forneceu para a Academia WRC até 2012. No seu retorno à competição, a Pirelli trouxes uma nova gama de pneus de rally para os pilotos que escolheram a marca, permitindo que os pilotos disputassem a ponta em suas categorias.

Um dos destaques foi um notável terceiro melhor tempo geral com um carro Super 2000, no terceiro estágio, graças ao piloto suíço Olivier Burri.

Os carros Super 2000 aspirados têm um déficit de desempenho considerável em relação à categoria turbo, que é a atração principal do WRC. Por isso a escolha de Burri por pneus Pirelli lhe permitiu cravar um tempo que superou todas as estrelas do WRC, como o campeão mundial Sebastien Ogier.

O retorno da Pirelli este ano visa equipes específicas, em conformidade com as mais recentes normas de pneus que impõem limites rigorosos sobre o padrão de desenho da banda de rodagem e quantidades de pneus disponíveis.

A Pirelli conquistou oito vitórias em diversas categorias nos 14 estágios disputados, estabelecendo uma série de dez melhores tempos no geral, mesmo sem ter um carro na classe WRC.

Monte Carlo é um dos testes mais difíceis para os pilotos e pneus em toda a temporada, com o resultado influenciado fortemente das escolhas de pneus em cada etapa. As condições podem variar de asfalto seco à lama e neve: com todos os três muito em evidência este ano.

A empresa italiana equipa cinco pilotos na categoria WRC2: o ex-campeão de rally europeu Armin Kremer, o italiano campeão da categoria Carros Production Max Rendina, o grego Jourdan Semeridis, o francês Julien Maurin e o também italiano Lorenzo Bertelli.

Na classe Production há dois pilotos Pirelli: o multi-campeão suíço Olivier Burri e Matthieu Margaillan, da França.

Os pneus disponíveis foram o Sottozero e o RK, com o composto mais macio disponível (RK9). O Sottozero foi disponibilizado em duas versões: com cravos para neve e gelo e sem cravos – como um pneu de estrada normal para o inverno. O RK foi usado para asfalto seco e úmido, enquanto o Sottozero foi utilizado na neve e gelo: típico das condições observadas nos famosos estágios Turini que concluem o rali.

“Nossa intenção em voltar para o Campeonato Mundial de Rali deste ano foi o de fornecer aos nossos clientes pneus competitivos, que lhes permitirão a lutar pelas primeiras posições. Mesmo em nosso primeiro evento, os novos pneus mostraram muito potencial, como mostram os nossos tempos e posições nas classes. A escolha de Olivier Burri por pneus Sottozero SS3 lhe permitiu conquistar um terceiro lugar na classificação geral do estágio, enquanto Lorenzo Bertelli liderou a classe WRC2 antes de subir ao pódio em sua estreia Rali de Monte Carlo. As condições, como sempre, foram extremamente difíceis este ano, o que significa que não apenas a velocidade, mas também a capacidade de adaptação dos pilotos e dos pneus para as mudanças nas condições climáticas são as chaves para o sucesso”, disse o engenheiro sênior de pneus da Pirelli Matteo Braga.

A próxima etapa do Campeonato Mundial de Rali para a Pirelli será o Rali da Suécia, de 5 a 8 de fevereiro, quando o novo Sottozero Ice será visto pela primeira vez.