A Volkswagen Quantum foi um veículo produzido pela Volkswagen de 1985 até 2003 no Brasil. Ela também era chamada de Santana Quantum em alusão ao sedã do qual se derivou. Ambos eram as versões brasileiras da segunda geração do Volkswagen Passat alemão, que ao contrário da primeira, chegou ao país sem manter o nome original. Sua primeira aparição no país era de um modelo quase idêntico ao alemão, diferindo somente em adaptações regionais quanto à mecânica.

Seu lançamento foi recheado de expectativas por compor com o Santana a primeira linha de luxo da VW no país, e na verdade ela acabou recebendo índices de vendas bem expressivos. Afinal era um projeto bem novo, que oferecia doses de luxo quase no nível da principal rival, Chevrolet Caravan, mas com todas as vantagens de ser muito mais moderna que esta: a concepção de motor e tração dianteiros não roubava excesso de espaço interno e portanto não requeria comprimento total exagerado, e seu peso consideravelmente menor lhe permitia usar os motores AP (Alta Performance) 1.8 e 2.0, garantido ótimo desempenho mas consumo mais comedido que um de seis cilindros, por exemplo.

Escassa e defasada, a concorrência do mercado da época lhe fez sobreviver por vários anos sem mudanças de estilo de grande monta, até que em 1992 ela acompanhou o sedã numa generosa re-estilização. Neste momento chegavam enxurradas de novos modelos graças à reabertura das importações no Brasil, e isso provocou uma repercussão enorme no mercado nacional, que de repente passou a precisar modernizar toda a linha, visando manter a competitividade. À esta época a Volkswagen alemã já produzia a terceira geração do equivalente Passat, maior e mais moderna, mas trazê-la para a produção no país faria o preço do modelo subir demais para sua categoria.

A solução adotada foi redesenhar pesadamente sobre a base do mesmo projeto dos anos 80, com frente, traseira e cabine totalmente renovadas, as duas primeiras estilizadas com enfoque na aerodinâmica, e aproveitando para seguir as tendências da nova década. Assim como o sedã, a Quantum ganhou frente em cunha com faróis e grade no estilo dos modelos europeus da marca, mas a traseira da station wagon não seguiu o estilo do Santana, como na Passat Variant. Isso não impediu, no entanto, que a Quantum ganhasse um aspecto muito mais moderno, que na verdade só ficou maculado pelo fato de os dois modelos preservarem as portas do projeto anterior, pequenas e antiquadas.

Assim como o sedã, a Quantum logo voltou a ser alvo de desejo do público, ainda que com preços altos. Ganhou versões esportivas e requintadas, e permaneceu ao lado do sedã por vários anos, recebendo leves atualizações de estilo. Infelizmente, ao redor de 1999 esta linha recebia seu último face-lift mas com enfoque no custo/benefício por então se tratar de modelos já defasados em relação ao segmento que disputaram um dia.