O Volkswagen Brasília foi criado em 1970 a pedido do Rudolf Leiding, presidente da VW do Brasil, pela necessidade dar continuidade como líder de mercado. Coisa que a montadora estava prestes a perder, pois já havia um tempo que a fábrica não conseguia ter um carro aclamado pela população e a sua principal rival estava prestes a lançar o Chevette, que tinha um claro objetivo de deixar o fusca obsoleto.

O então chefe de design, Marcio Piancastrelli, teve a missão de transformar essa necessidade em realidade e com claros objetivos passados pelo presidente Rudolf Leiding. O conceito principal era que o espaço interno do veículo deveria ser maior que o do Fusca, o “carro chefe” da Volkswagen na época, e ser pequeno por fora para aproveitar as plataformas existentes. Um dos rascunhos iniciais da Brasília, feito pelo próprio presidente, mostrava uma silhueta de um carro com uma grande traseira, grandes janelas e linhas retas, desenhado sobre um Fusca. “Praticamente um furgão”, diz Piancastrelli.

O desenho da Brasília foi concluído em apenas três meses, já com um modelo pronto na escala 1:1. Mas não foi usada a plataforma do Fusca, pois era muito estreita para o conceito seguido e foi então que passou a usar a plataforma do Karmann Ghia modificada. Tudo isso feito em tempo recorde para não perder espaço para o Chevette, que seria lançado em 1973. Então, três anos depois, a Volkswagen lança o modelo, satisfazendo completamente Rudolf Leiding, agora presidente mundial da empresa.

A Brasília era exatamente o que foi pedido, pequeno por fora e grande por dentro, mesmo sendo menor que o fusca em 17 cm. O espaço interno era garantido pela altura e pelo desenho reto da capota, e também pelos grandes vidros do veículo. Também foram usados novos materiais no acabamento, o que ajudou a deixá-lo ainda mais superior ao Fusca. O tecido usado nos bancos, o acabamento interno moderno e seu painel inspirado no Fissore, da DKW, enriqueciam o interior.

O motor era o 1600 refrigerado a ar com 60cv. A dupla carburação só veio depois de algum tempo, primeiro como opcional e depois como item de série, mas fornecia rendimento melhor com menor consumo. Ainda assim, a Brasilia não seria uma referência de desempenho e consumo. E em 1982, a Brasilia saiu de linha para dar lugar ao Gol, que estava crescendo no mercado e se tornar um mito para o brasileiros.

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