É muito comum ouvir comparações entre os carros antigos e os de hoje em dia, sendo uma das maiores críticas a fragilidade dos veículos de hoje, que estragam mesmo em pequenas batidas. Ainda tem quem diz, que os carros antigos eram os melhores, pois não amassavam por nada. Porém, isso não significa que a maior resistência da carroceria torna o veículo mais seguro ou reforçado. Diferente dos carros antigos, os carros modernos são fabricados com uma deformação programada.
Os carros que são fabricados atualmente deformam de forma pré-programada, ou seja, os fabricantes fazem marcações na estrutura para que o metal seja deformado de forma prevista (inclusive em simulações virtuais). Com isso, eles conseguem calcular a quantidade de energia absorvida e transferir a força do impacto para regiões mais reforçadas do monobloco.
Carros antigos X carros modernos e a deformação programada
Antigamente, algumas peças externas (como os para-choques) podiam compor a estrutura rígida da carroceria, o que não tem acontecido atualmente. Hoje em dia os para-choques são parafusados no monobloco ou painéis externos, sem fazer parte da estrutura do carro. Além do fato da maioria ser de plástico para deformar e voltar à forma original em caso de leves esbarrões.
Durante décadas a indústria automobilística fez vários testes de impacto que mostraram que as antigas carrocerias, extremamente rígidas, traziam mais danos aos passageiros, pois não eram eficientes na hora de dissipar a energia do impacto.
A estrutura dos carros modernos
Os carros modernos são compostos por vários tipos de aço na sua estrutura, isso gera resistências distintas, conforme a região em que são aplicados.
É encontrada também na maioria dos carros atuais, uma estrutura conhecida por crash box, que pode ser instalada nas regiões frontal e traseira. Em caso de pequenas colisões essa estrutura pode absorver até 90% da energia de impactos, poupando a estrutura do veículo. Dessa forma, a cabine é poupada e o custo de reparo cai bastante.
(FOTO: DIVULGAÇÃO/VOLVO)
