O Passat Pointer foi um dos carros esportivos mais emblemáticos do Brasil. O modelo era uma versão GTS do fastback da Volkswagen, que foi produzido no país entre os anos 70 e 80.
Com uma fama de bom carro e fazendo sucesso nas pistas de corrida do Campeonato Brasileiro de Marcas, o modelo marcou uma época em que não haviam importações oficiais de automóveis. Dessa forma, as montadoras tinham liberdade para serem criativas.
Com um motor AP 1.8, o Passat Pointer se consolidou como um clássico já em sua época. Confira abaixo a história desse clássico:
Tudo começou com o Passat TS…
Em 1976 foi lançado pela VW o Passat TS. A versão esportiva do Passat tinha motor 1.6, de 80 cv e vinha com quatro faróis circulares (o que era um diferencial, já que normalmente vinham dois) e faixas laterais com a sigla TS.
O fastback tinha para-choques com lâminas de aço cromadas e a grade se fundia com o conjunto ótico, tendo acabamento cromado envolvente. Além disso, as rodas de aço eram estampadas com protetor de ponteira (o copinho) e o volante de três raios de aço polido, assim como aro em couro com a sigla “TS” no centro.
Surge o Passat Pointer
Em 1984, a Volkswagen lançava no mercado nacional o esportivo Passat GTS Pointer. O modelo ficou caracterizado pela cor vermelho Flash, apesar de ter outras como o preto Onyx.
O Passat 84 vinha com quatro faróis quadrados em molduras cromadas e tinha refletores laranjas nas laterais, mas os piscas ficavam no para-choque.
O para-choque da versão anterior foi mantido, em cor preta e com a lâmina cromada, mas o spoiler se destacava na parte inferior. Na parte traseira a barra de proteção expunha a parte inferior da lataria e o escape apesar de simples, tinha a ponteira cromada.
As rodas de liga leve raiadas e de fundo preto, tinham aro 14 polegadas e pneus 185/60 R14, que era o melhor que se podia ter em medida de pneu para esportivos naquela época. O nome Pointer aparecia nos protetores laterais e na traseira, Já a sigla GTS só estava presente nas laterais do carro.
Por dentro do Passat pointer
Já por dentro ele tinha um cluster que era extremamente clássico e essencialmente alemão, velocímetro e conta-giros em posição central e mostrador esquerdo com nível de combustível e temperatura da água, fora as poucas luzes-espia.
O volante de quatro raios (com quatro botões de buzina) tinha o brasão do Castelo de Wolfsburg, que deu nome à cidade construída junto com a fábrica da VW. O modelo ainda contava com comandos de ar condicionado (opcional) ainda por alavancas, além de sistema de áudio com toca-fitas.
Em um console abaixo do painel, se encontrava três mostradores: voltímetro, pressão do óleo e relógio analógico. Seu câmbio era curto e com pomo convencional.
O modelo tinha vidros verdes, para-brisa degradê, banco traseiro com apoio de braço central e até opção de teto solar manual sem persiana interna.
O Pointer começou sua carreira com o motor AP 1.8, ostentando assim 85 cavalos na versão com gasolina e 92,5 cavalos numa configuração para uso de álcool.
Veio a atualização…
Em 1985, o Passat Pointer recebeu um visual mais atual ganhando para-choques envolventes, feitos de poliuretano e moldados de forma bem interessante.
Eles eram pretos e tinham os piscas dianteiros no lugar que seria dos faróis de neblina. Foram adicionadas faixas pretas na parte inferior das laterais e as lanternas ganharam frisos pretos, realçando e escurecendo as lentes.
Seu interior vinha com um novo painel com o cluster analógico, que tinha uma cobertura mais moderna e comandos próximos das mãos. A instrumentação nessa atualização incluía relógio digital e vinha num layout com velocímetro e conta-giros dominando.
Agora, além do rádio-toca fitas, existia também um porta-fitas mais abaixo. O câmbio tinha alavanca curta, mas tinha engates precisos e macios. Além disso, passou a ter cinco marchas.
O Passat Pointer permaneceu por mais dois anos com características únicas no layout e mais dois lutando com o Gol GTS.
Em 1988, a Volkswagen encerra a produção do Passat após ter 897.829 carros produzidos. Era a hora desse esportivo que fez tanto sucesso dizer adeus
